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No artigo que anteriormente escrevi para o blog Christianivox, falei de como escrever pode ser uma forma de servir a Deus, sendo bênção para as pessoas que nos rodeiam, de diversas maneiras, através das diferentes formas de escrita que podem ser criadas.

 

Desta vez, e ainda refletindo sobre o processo da escrita, gostaria de, além de reforçar que escrever pode ser uma excelente forma de encorajar e animar outros, vos levar a refletir como escrever para as outras pessoas pode ser também uma bênção para quem escreve.

 

Na comunidade científica, comentam-se estudos segundo os quais escrever pode ter inúmeros benefícios terapêuticos, desde aliviar o stress, melhorar a memória e o sono, estimular a atividade dos leucócitos, etc. (Cf. https://www.scientificamerican.com/article/the-healthy-type/ ).

 

Contudo, para quem tem Cristo no seu coração, acredito que escrever produz mais do que benefícios terapêuticos. Produz, por ventura, entre outras bênçãos, o sentido de dever cumprido, e de missão alcançada.

 

Assim, e neste âmbito, analisemos o exemplo do apóstolo Paulo. O autor de mais livros no Novo Testamento, escreveu, enquanto esteve na prisão, 4 cartas: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filémon. A sua condição de prisioneiro não lhe retirou nem um pouco da vontade, tenacidade, persistência, força e foco das mensagens que queria escrever, antes pelo contrário.

 

Ele próprio disse: “A Palavra de Deus não está presa” (II Timóteo 2:9). Creio que o Espírito Santo dentro do coração de Paulo era a sua maior inspiração e liberdade. Quanto a isto, Paulo escreveu o que podemos ler nas Escrituras em II Coríntios 3:17 “Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.” Mesmo que seja dentro da pior das prisões. Aleluia!

 

O facto de escrever, porém, não isentou Paulo de sentir a dureza das circunstâncias, como ele próprio relata tantas vezes nas suas epístolas (II Coríntios 11:23-29).

 

Apesar das experiências da prisão – e outras - nos parecerem – a esta distância – insuportáveis, elas não apagaram o fervor de Paulo pelas igrejas nem a responsabilidade que o fazia cuidar delas mesmo estando preso ou em grande sofrimento.

 

Maravilha-nos a presença de Deus sentida de forma tão real na vida de Paulo que as suas palavras nas epístolas escritas na prisão parecem as do mais livre de todos os homens. Ora veja-se:

 

Efésios 1:3 – Um homem preso que se sentia abençoado com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais.

 

Efésios 2:4-5 – Um homem preso que se sentia muito amado por Deus.

 

Efésios 3:20 – Um homem preso que não perdeu a esperança de que Deus poderia fazer muito mais!

 

Efésios 6:10-17 – Um homem preso que não perdeu a coragem e constantemente se revestia da armadura de Deus.

 

Filipenses 1:14 – Um homem preso que sentia ânimo por saber que a sua prisão era encorajamento para que outros ousassem falar a Palavra de Deus de forma mais confiante e sem temor.

 

Filipenses 4:4 – Um homem preso que ensinou os outros a alegrarem-se sempre. Sempre.

 

Filipenses 4:13 – Um homem preso que afirma poder suportar todas as coisas em Cristo que o fortalece.

 

Colossenses 3:12 – Um homem preso que insistia em pregar a misericórdia, a benignidade, a humildade, a mansidão, a longanimidade.

 

Filémon 1:12 – Um homem preso que prega o perdão e a reconciliação.

 

Para concluir, meus irmãos, tomemos coragem com o exemplo deste gigante da fé, que teve a ousadia de dizer “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo” (I Coríntios 11:1).

 

Desta forma, independentemente das nossas circunstâncias, se pudermos escrever para animar e fortalecer outros, façamo-lo, certos de que o Espírito de Cristo que estava com Paulo e o impeliu a tamanhas proezas de fé, é o mesmo que está connosco e nos inspira hoje.

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